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Cigarros eletrônicos são proibidos pela Justiça e Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) reforça alerta

Por Comunicação    |    Notícia    |    Em 19/09/2022    |    785 Visualizações

 

 

O Ministério da Justiça determinou a suspensão da venda de cigarros eletrônicos para 32 empresas que faziam a comercialização do produto, tendo 48h a partir de 1º de setembro para interromper a venda. A decisão se deu por conta dos fatores de risco que eles trazem para a saúde, principalmente após o uso ter se popularizado entre o público jovem.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) alertou sobre a relação do uso do vape, como também é conhecido, e o desenvolvimento de doenças respiratórias, como o câncer de pulmão.

Um a cada cinco jovens utilizam cigarros eletrônicos, o que equivale a 19,7% da população, esses são dados divulgados no Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (COVITEL) de 2022.

Segundo o médico oncologista Bruno Fernandes Melo, que faz parte da Oncológica do Brasil, os cigarros eletrônicos já estão envolvidos em uma série de doenças diferentes. “Apesar de eles serem diferentes dos cigarros normais, a substância que é inalada contém também muitas substâncias nocivas ao organismo, além do vapor em alta temperatura. Então, o cigarro eletrônico ele está envolvido em doenças inflamatórias, fibrose pulmonar, distúrbios neurológicos e já existem algumas evidências de que ele pode estar aumentando também o risco de câncer em pacientes que usam por longo tempo”, explica o médico.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o cigarro eletrônico funciona como porta de entrada para o tabagismo tradicional e aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro comum, produto que tem relação com o surgimento do câncer de pulmão.

“Como é algo mais recente, a gente precisa de mais tempo de observação de pessoas que usam a longo prazo, por exemplo, por mais de 10 anos para ter uma ideia do tamanho da repercussão no corpo, no organismo dessas pessoas, mas mesmo a exposição a curto prazo já está percebemos uma série de doenças, em especial no pulmão”, afirma o médico da Oncológica do Brasil.

Fonte: Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)

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