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Março Lilás: Desafios e Estratégias na Prevenção do Câncer de Colo de Útero

Por Comunicação    |    Março Lilás    |    Em 07/03/2024    |    1586 Visualizações

 

 

O Março Lilás é uma campanha de conscientização que tem como objetivo alertar a sociedade, principalmente as mulheres, sobre a prevenção do câncer do colo do útero. Essa iniciativa busca informar sobre a importância do exame de Papanicolau, fundamental na detecção precoce de alterações nas células cervicais, evitando assim a progressão para o câncer.

A última Pesquisa Nacional de Saúde revelou uma dimensão preocupante da problemática: a taxa de rastreamento do câncer do colo de útero é inferior à de mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras. Esse dado mostra a importância de enfrentar as disparidades no acesso à prevenção e ao diagnóstico, delineando um cenário desafiador, mas não insuperável.

Neste mês dedicado aos direitos das mulheres, o Março Lilás destaca a importância do diagnóstico mostra a necessidade de medidas preventivas, como exames e vacinação. O câncer do colo do útero, muitas vezes causado por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), representa uma ameaça que, se não evoluída, pode ser controlada. No entanto, alterações celulares podem desencadear a doença, e as projeções do INCA indicam que mais de 51 mil mulheres podem ser afetadas até 2026. Identificar lesões precursoras através de exames preventivos, como o citopatológico oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde, é uma estratégia crucial para evitar a evolução para o câncer.

A vacinação contra o HPV é outra arma poderosa na prevenção. Recomendada para jovens entre 9 e 14 anos, além da população imunossuprimida, como indivíduos vivendo com HIV/aids, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos, a vacina atua diretamente na redução da incidência do vírus, abordando uma das principais causas do câncer de colo de útero.

Desde 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a meta ambiciosa de eliminar o câncer de colo de útero, classificando-o como um problema de saúde pública mundial. Ela ressalta a necessidade de cooperação e ação coordenada para enfrentar esse desafio que, apesar de suas proporções, pode ser superado com estratégias eficazes.

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