novos meios de tratamento para o câncer de mama é um processo contínuo dentro dos maiores centros de pesquisa avançada ao redor do mundo

Câncer de Mama: Avanços no Tratamento da Doença

O câncer de mama, ainda que atinja o público masculino, é o tipo de câncer mais comum em mulheres em todo o mundo. No Brasil, estima-se que no ano de 2020 tenham ocorrido cerca de 66.280 novos casos. Sendo assim, o diagnóstico precoce da doença é de extrema importância, aumentando as chances de cura das pacientes.

Veja no artigo o que a medicina tem trazido de novo para combater este tipo de câncer para aumentar as taxas de sobrevida às pacientes.

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Câncer de mama e novos tratamentos

Muitos avanços têm sido feitos no tratamento para o câncer de mama nos últimos anos. O tipo de tratamento – sempre prescrito, realizado e acompanhado pelo oncologista e com o apoio da equipe multidisciplinar – depende de fatores como o estágio em que encontra-se a doença, o subtipo de tumor e a condição clínica do paciente.

Por isso é importante ressaltar a necessidade de fazer exames preventivos. Quando a alteração ou o tumor é detectado cedo, logo será possível adotar uma via tratamento mais eficaz e adequada para o caso.

Veja a seguir alguns dos tumores e quais seus respectivos tratamentos.

Receptor Hormonal Positivo

Para os tumores com receptor hormonal positivo, o subtipo mais comum de câncer de mama, um dos principais avanços que ocorreram nos últimos anos foi o incremento dos inibidores de quinase dependente de ciclina 4 e 6 (iCDK4/6)  ao tratamento da doença metastática.

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iCDK4/6 funciona como um inibidor

Drogas como palbociclibe, ribociclibe e abemaciclibe promoveram ganho de sobrevida global e qualidade de vida para as pacientes com doença em estágio mais avançado.

O palbociclibe, é indicado para casos avançados do câncer de mama do tipo estrogênio receptor positivo (ER+) mas que não tenha relação com a proteína HER-2. O uso abrange as seguintes situações:

  1. Combinado com o fármaco letrozol: tratamento de primeira linha, em pacientes na fase pós-menopausa e que não receberam tratamento sistêmico para o câncer em estágio avançado.
  2. Associado com fulvestranto: tratamento de segunda linha, para pacientes em pré ou pós-menopausa que estejam em estágio avançado e em que tenha progredido durante ou após terapia endócrina.

HER-2

No cenário de tumores HER-2 positivo, várias drogas novas vem mostrando-se promissoras no tratamento deste subtipo de tumor, que é um dos tipos mais comuns a serem diagnosticados nas mulheres.

Um exemplo é o Tucatinibe, um inibidor de tirosina-quinase anti-HER-2, com potente ação no sistema nervoso central, conseguindo tratar de forma eficiente metástases nessa região, as quais são de difícil controle.

her-2 é o tumor mais comum diagnosticado em mulheres com câncer de mama
Her-2 é um dos tipos de tumor mais comuns diagnosticados em mulheres

Outra droga promissora neste cenário, principalmente em pacientes que já receberam múltiplos tratamentos, é o trastuzumabe deruxtecana, baseado no estudo DESTINY-Breast01.

Neste estudo as pacientes já haviam realizado uma mediana de 6 terapias prévias e a droga mostrou uma taxa de resposta em torno de 60% com 4% de resposta completa, com sobrevida global para as pacientes em torno de 24 meses.

Triplo Negativo

Por fim, para o subgrupo de0 pacientes com tumores triplo negativo, o subtipo mais agressivo, também ocorreram diversos avanços no tratamento. O mais importante foi a adição da imunoterapia como Pembrolizumabe e Atezolizumabe no tratamento da doença inicial neoadjuvante bem como na doença metastática mais avançada.

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O Triplo negativo é um dos tumores mais agressivos que podem acometer as mulheres

Outra droga aprovada pelo FDA nos Estados Unidos e que mostrou-se muito eficaz nesse subtipo de tumor é o Sacituzumabe Govitecam, ainda não aprovada no Brasil, porém que trouxe resultados animadores para os pacientes e espera-se ter acesso o mais rápido possível no Brasil.

Assinaturas Genômicas

Há mais uma inovação importante nos últimos anos para o câncer de mama, que é o uso de assinaturas genômicas para decisão do tratamento após a cirurgia, especialmente se a paciente irá ou não necessitar de quimioterapia.

Estes testes, que são realizados a partir do tecido tumoral, fazem uma análise se determinados genes do tumor influenciarão no comportamento da doença a longo prazo, sendo esta uma importante ferramenta para o oncologista na decisão individualizada do melhor tratamento para cada paciente.

As assinaturas mais utilizadas no Brasil são chamadas de Oncotype e MammaPrint, porém outras encontram-se disponíveis no mercado como Prosigna, Endopredict e Breast Cancer Index.

Para concluir 

Buscar novos meios de tratamento para o câncer de mama é um processo contínuo dentro dos maiores centros de pesquisa avançada ao redor do mundo.

Ainda que constantemente surjam novos possíveis tratamentos para as doenças conhecidas, é preciso ter cautela e sempre consultar especialistas a respeito dos mais adequados e eficazes.

A Oncológica do Brasil conta com uma equipe multidisciplinar de especialistas que atuam de maneira coordenada no tratamento de seus pacientes. Além disso, também coordena diversas frentes de pesquisa na área oncológica.